Falha de San Andreas (Califórnia, EUA)
Uma das maiores e mais perigosas falhas do planeta é a Falha de San Andreas, localizada ao longo da fronteira entre as placas litosféricas do Pacífico e da América do Norte. Em 1895, o professor Andrew Lawson, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, estudou essa falha pela primeira vez, nomeando-a de Vale de San Andreas. Lawson realizou pesquisas sobre a falha de 1895 a 1908. Em 1906, um grande terremoto de magnitude 7,7 atingiu São Francisco, e Lawson atribuiu esse evento à possível extensão da falha para o sul da Califórnia. Atualmente, a Falha de San Andreas se estende por mais de 1.200 km e é responsável por terremotos significativos na região, como o terremoto de Loma Prieta em 1989, que teve magnitude de 7,1. Hoje, a área mais propensa a terremotos está localizada nas proximidades de Los Angeles.
Círculo de fogo do Pacífico
O Anel de Fogo do Pacífico é outra área de alto risco, abrigando 328 dos 540 vulcões ativos do planeta. Essa zona se estende ao longo do perímetro do Oceano Pacífico. No lado oeste, vai da Península de Kamchatka às Ilhas Kuril, Japão, Filipinas, Nova Guiné, Ilhas Salomão e Nova Zelândia, chegando até a Antártica. A parte leste inclui vulcões no nordeste da Antártica, na Terra do Fogo, nos Andes, nas Cordilheiras e nas Ilhas Aleutas. Uma das seções mais perigosas do Anel de Fogo está na Indonésia, onde a placa do Oceano Índico está deslizando gradualmente sob a placa do Pacífico. Essa combinação provoca frequentes erupções vulcânicas, tsunamis e terremotos.
Lago Kivu (Ruanda e República Democrática do Congo)
O Lago Kivu, um dos Grandes Lagos Africanos, é um corpo de água doce localizado no Vale do Rift da África Oriental. Essa formação geológica única está situada na fronteira das placas tectônicas africana e árabe. O lago separa Ruanda da República Democrática do Congo, abrigando uma das maiores ilhas de água doce do mundo, Idjwi, no lado congolês. A bacia do lago está se expandindo gradualmente, causando o aprofundamento das águas e atividade vulcânica na região. Em 1948, o vulcão Kituro entrou em erupção nas proximidades. Os cientistas acreditam que o perigo real não vem do lago em si, mas dos depósitos de metano e dióxido de carbono em seu fundo, que podem explodir e ameaçar a vida de 2 milhões de pessoas que habitam a região. Uma erupção vulcânica poderia desencadear esse desastre. Em 2017, o vulcão Nyiragongo entrou em erupção na área, felizmente sem causar fatalidades. No entanto, um evento semelhante em 2021 resultou na morte de 30 pessoas.
Lago Baikal (Rússia)
O Lago Baikal, considerado uma das formações naturais mais singulares do mundo, faz parte da lista do Patrimônio Mundial da UNESCO. A Zona de Fenda do Baikal, uma falha profunda da crosta terrestre que se estende por 1.500 km, é especialmente notável. A parte central da fenda está repleta de água. Geólogos acreditam que essa fenda é resultado da divergência entre as placas tectônicas da Eurásia e de Amur, sendo que esta última se move lentamente em direção ao Japão e colide com as placas da América do Norte e das Filipinas, contribuindo para a atividade sísmica na região. O principal perigo reside no fundo do Lago Baikal, que é, por si só, uma falha tectônica. Cientistas preveem que, dentro de várias centenas de milhões de anos, o Baikal poderá se transformar em um oceano. No entanto, mesmo agora, a região sofre tremores de terra regulares, embora leves, que ocasionalmente provocam o afundamento de partes da terra e, em algumas ocasiões, de casas.
Suswa Rift (Quênia, África)
O Suswa Rift, localizado no Quênia e descoberto em 2018, fecha a lista das cinco principais formações geológicas. Apesar de seu tamanho reduzido, a fenda preocupa tanto os moradores locais quanto os especialistas em geologia. De acordo com os cientistas, a Fenda de Suswa tem o potencial de dividir o continente em dois. Essa formação geológica recebeu o nome do vulcão Suswa, situado nas proximidades. Ela se encontra na fronteira entre as placas tectônicas africana e árabe, e a situação na região tem se tornado cada vez mais instável, com frequentes erupções vulcânicas subterrâneas. Os geólogos preveem que, se a fenda continuar a se expandir, poderá dividir a África em aproximadamente 50 milhões de anos. Uma fenda semelhante, segundo alguns especialistas, causou a separação da África da América do Sul há mais de 135 milhões de anos. Atualmente, a Fenda de Suswa representa diversos problemas para os habitantes locais, incluindo o risco de colapso de uma estrada importante que atravessa a falha.
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